Região Sul se despede do verão com chuva

Frente fria provoca pancadas de chuva nesta segunda-feira (19)

O último fim de semana do verão 2017/2018 foi marcado por calor na região Sul. Porto Alegre (RS) registrou a maior temperatura do ano no último domingo (18), com uma máxima de 36,4°C segundo a estação oficial do INMET (Instituto Nacional de Meteorologia). Esta é a maior temperatura registrada desde o dia 26 de dezembro de 2016, quando os termômetros marcaram 37,5°C. Além da capital gaúcha, outros 18 municípios registraram as maiores temperaturas do ano. Em Curitiba (PR), a sensação também foi de tempo abafado, com uma temperatura máxima de 30,4°C, sendo o segundo dia mais quente do ano, ficando atrás somente do dia 24 de janeiro com 30,5°C registrados. O calorão ocorreu devido a um fenômeno conhecido como calor pré-frontal. Este sistema precede a chegada de uma frente fria à região, fazendo com que as temperaturas se elevem por conta do ar que é comprimido com a aproximação da nova frente fria. Pancadas de chuva fecham o verão A manhã de segunda-feira (19) começou com chuva no oeste do Rio Grande do Sul devido ao avanço de uma nova frente fria. Entre a madrugada de ontem e hoje, o tempo ficou bastante instável e foram observadas rajadas de vento, assim como muitas descargas elétricas sobre todo o Estado. Com a entrada de um ar mais frio sobre o extremo sul gaúcho as temperaturas começaram a diminuir na região e a tarde não será tão quente em comparação com os dias anteriores. Vão ocorrer pancadas de chuva no Paraná e em Santa Catarina devido as instabilidades espalhadas pela frente fria e não se descarta a possibilidade de temporais na região metropolitana de Curitiba no período da tarde. A partir de quarta-feira (21), uma massa de ar seco avança pelo Sul do país e deixa o tempo firme em todo o Rio Grande do Sul. Já Santa Catarina e Paraná ainda sentem a influência da frente fria, há previsão de chuva e possibilidade de tempestades entre os dois estados e faixa na litorânea. Outono começa amanhã O outono terá início na próxima terça-feira (20) às 14h13 no Hemisfério Sul. o horário da entrada do outono coincide com o momento em que a Terra recebe a mesma quantidade de energia solar tanto no Hemisfério Sul quanto no Hemisfério Norte. Após um verão de La Niña, que consiste no resfriamento anormal do Pacífico e que provocou chuvas volumosas no Centro-Norte e estiagem no sul do Rio Grande do Sul, a estação de transição deve ser marcada pelo fim do fenômeno e o retorno das precipitações para as áreas que vinham sofrendo com a falta de chuva. Com o La Niña perdendo intensidade em abril, o outono começa com características típicas da estação na maior parte do Brasil. “Apenas no leste do Nordeste é que o fenômeno conhecido como ondas de leste, sopra a umidade do mar contra a costa e provoca chuvas acima da média, enquanto a ZCIT (Zona de Convergência Intertropical) mantém os acumulados significativos na faixa norte do país”. Na segunda metade da estação, a chuva começa a ficar mais frequente no Paraná e em parte do Sudeste, com destaque para o Estado de São Paulo, Rio de Janeiro, parte do Espírito Santo e centro-sul de Minas Gerais. Já na região Sul, as chuvas continuam abaixo da média entre Santa Catarina e Rio Grande do Sul. “Apesar dos baixos volumes acumulados, as chuvas devem ser mais frequentes em comparação aos últimos meses e deve aliviar as cidades que vem passando por períodos prolongados de estiagem”, afirma Brandt. Em relação às temperaturas, sem o La Niña para desviar as massas de ar frio para o Oceano, as ondas de frio conseguem avançar com mais facilidade sobre o Centro-Sul do país. “Isso não é sinônimo de frio persistente, mas significa que quando houver onda de frio, as baixas temperaturas devem ocorrer de forma mais intensa, o que aumenta também a possibilidade para geadas amplas”, explica.

Postado por: Grupo de operações