Temporais que atingiram o Estado de Minas Gerais nas últimas semanas, deixaram quatro mortos, três desaparecidos e mais de 250 desalojados. Nesta semana, as chuvas perderam força, mas ainda atingem a faixa norte do Estado, onde os volumes de chuva já estão acima da média do mês em algumas cidades.
De acordo com o meteorologista Celso Oliveira, da Somar Meteorologia, a chuva não deve voltar a ocorrer de forma tão intensa quanto na última semana. “Mas com o solo já encharcado a possibilidade de novas ocorrências como desbarrancamentos e deslizamentos de terra ainda é grande”.
Nesta quinta-feira (14), o INMET (Instituto Nacional de Meteorologia) mantém todo o norte de Minas Gerais e Espírito Santo em alerta amarelo, quando o volume de chuva não é tão significativo, mas ainda há potencial para transtornos. Na última semana, o Governo Federal reconheceu situação de emergência em 13 cidades mineiras, sendo Abre Campo, Lajinha, Piedade de Ponte Nova, Ponte Nova, Raul Soares, Rio Casca, Santa Cruz do Escalvado, Santo Antônio do Grama, São José do Mantimento, São Pedro dos Ferros, Urucânia na Zona da Mata, além de Caeté e Pedro Leopoldo na grande Belo Horizonte.
Segundo Oliveira, a tendência é de que a chuva diminua aos poucos até o final da próxima da semana, enquanto migra do norte para o sul mineiro. “Após o Natal, as precipitações passam a se concentrar no sul e centro de Minas Gerais, mas com volumes bem menores comparados ao início do mês”, afirma.
Em Belo Horizonte, os acumulados de quase 230mm recebidos nas últimas semanas equivalem a aproximadamente 70% da média de dezembro, que é de 319mm. Já no norte do Estado, a cidade de Januária bateu a média do mês com 214mm na primeira quinzena do mês, enquanto a região de Janaúba recebeu acumulados acima dos 240mm ante a média de 221mm.