Chuvas ficaram um pouco abaixo da média, mas volume operacional sofreu pouca alteração
Pelo terceiro mês consecutivo, o Cantareira termina com chuva abaixo da média. Os acumulados chegaram aos 73,5mm na quinta-feira (27), o que corresponde a cerca de 83% dos 86,6mm da média histórica de abril. A última vez que o reservatório ficou acima da média foi em janeiro, quando as chuvas passaram em 50% a média histórica, com 393,1mm, ante os 262,6mm esperados para aquele mês.
Os dados da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) apontam que o reservatório registrou uma queda no nível operacional de 94,8% para 94,4% ao longo do mês, contando com o volume morto. Sem a reserva técnica o nível seria de 65,2%.
De acordo com o meteorologista Celso Oliveira, da Somar Meteorologia, as chuvas devem ficar próximas da média no Sistema Cantareira durante o próximo mês. “Mas a tendência é de que as precipitações se tornem cada vez mais pontuais e menos volumosas à medida que nos aproximamos do inverno, o que é normal para esta época do ano”. A média de maio é de 78,2mm.
Apesar da queda no nível do reservatório, e dos baixos acumulados esperados para o mês que está para começar, o meteorologista afirma que o cenário é otimista. “O Cantareira começou o período seco, com níveis relativamente elevados, e com as temperaturas mais amenas, a perda natural de água por evaporação é menor”, explica Oliveira.
Além disso, a tendência é de que o consumo de água também diminua nos dias de temperatura mais amena em comparação aos dias mais quentes, o que consequentemente acaba contribuindo para retardar a queda no nível do reservatório.