Temperatura foi 0,94ºC acima do que a média no globo, segundo a NOAA
A Terra teve o ano mais quente da história pela terceira vez consecutiva. De acordo com a NOAA (Agência Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos), a média de temperatura da superfície do globo ficou 0,94ºC acima da média registrada no século XX e também foi a primeira vez que três recordes de temperatura mais alta são quebrados sequencialmente, nos anos 2014 a 2016, desde que as medições iniciaram em 1880.
Ainda segundo com o órgão, o calor recorde sentido no planeta pode ser atribuído ao fenômeno El Niño, que contribuiu para o aquecimento das águas no Pacífico Equatorial especialmente nos primeiros meses do ano passado.
“Há diversos fatores que podem contribuir para a elevação da temperatura na Terra. Entre eles, está o El Niño, a maior precisão nos dados meteorológicos ao longo dos anos e também o ciclo de elevação média da temperatura que é observado desde o início do século e que é completamente natural”, analisa o climatologista Paulo Etchichury, da Somar Meteorologia.
O ano de 2017 apenas começou, mas já pode se dizer que vai servir como uma boa referência em relação ao padrão de comportamento. “Nos últimos dois anos, o El Niño tem sido considerado o principal responsável, mas agora estamos em uma fase fria embora não muito intensa e com isso, a expectativa é de que esse mesmo grau de aquecimento não se verifique neste ano”, explica.
Apesar disso, o climatologista avalia que é natural que o ciclo da elevação da temperatura do globo continue. “Por isso, os cientistas devem investigar e trazer um debate para a sociedade, os governantes devem criar políticas e estratégias para reduzir ou diminuir os riscos e a população como um todo precisa ter consciência ao utilizar os recursos naturais, sobretudo energia”, finaliza Etchichury.