Previsão do tempo auxilia no planejamento de empresas aéreas
No dia 23 de outubro o Dia da Aviação Brasileira e o Dia do Aviador são comemorados em homenagem ao voo histórico de Santos Dumont em seu 14-Bis, realizado em 1906, em Paris, diante de uma comissão nos campos de Bagatelle.
Desde então, a aviação evoluiu e se tornou uma das principais formas de transporte, tanto de cargas, quanto de pessoas, e por isso, a responsabilidade e a segurança são fundamentais, e uma das maiores preocupações é com o tempo, pois eventos meteorológicos podem afetar as atividades, nos aeroportos e durante o voo.
Segundo o piloto comercial de helicóptero Sergio Matsui, é essencial ficar de olho nas condições do tempo antes e durante o percurso. “Desta forma evitamos surpresas e ficamos prontos para toda e qualquer dificuldade que possa surgir desde a decolagem até o pouso”.
De acordo com o meteorologista Celso Oliveira, da Somar Meteorologia, as nuvens de tempestade estão entre os fenômenos que mais influenciam na rota, porque é preciso traçar um desvio., as nuvens de tempestade estão entre os fenômenos que mais influenciam na rota, porque é preciso traçar um desvio. “Ventos fortes na direção contrária do avião, também prejudicam, porque exigem mais força dos motores e consequentemente mais uso do combustível, mas neste caso, o prejuízo seria financeiro”, explica.
Nos aeroportos, a preocupação principal é com os nevoeiros, que dificultam a visibilidade dos pilotos na hora da decolagem e do pouso. Raios e tempestades com queda de granizo, também podem prejudicar o funcionamento das pistas, e muitas vezes são motivo para cancelamento de voos e fechamento dos aeroportos.
Para evitar transtornos e auxiliar no planejamento das empresas de aviação, serviços de previsão do tempo e consultoria como os da Somar Meteorologia, se tornaram essenciais. “O objetivo é prever os extremos e avisar a empresa com antecedência para que ela possa se preparar”, afirma Oliveira.
Para isso, o profissional explica que existem duas formas de previsão: “Uma é de médio prazo, que compreende um período de até sete dias. Nela, nós avisamos para o cliente, o quê, e quando deve acontecer e se há possibilidade de transtorno para a próxima semana, por exemplo, além de qual rota deverá ser mais afetada. A outra é de curto prazo, um período de até 48h, onde conseguimos prever o momento em que o evento meteorológico deve acontecer com mais exatidão”.
Além da previsão, é realizado também um monitoramento por radar em tempo real, para detectar a formação de nuvens de tempestade e raios. Mas o meteorologista ressalta que o objetivo é auxiliar na otimização dos serviços das empresas. “Afinal, os fenômenos são inevitáveis, mas o planejamento é essencial para minimizar prejuízos”.