Cantareira recebe chuva acima da média em agosto

Volume de chuva não foi suficiente para recuperar baixas sofridas pelo reservatório em julho

O mês de junho terminou com um acumulado de quase 180mm de chuva no Cantareira, o equivalente ao triplo do esperado para o mês. Com isso, o nível do reservatório foi de 66,3% para 76,9%. O mesmo não aconteceu em julho e no início de agosto que foram marcados pelo tempo seco, o que fez com que o volume caísse para 75%. Depois disso, nem mesmo os temporais que atingiram o Sudeste no começo desta semana, conseguiram recuperar o índice perdido. O Cantareira recebeu entre o domingo (21) e a segunda-feira (22), cerca de 25mm de chuva. Somada às precipitações que atingiram o manancial no início do mês, os acumulados chegam a um total de 43,3mm. “Apesar de ter superado a média, deve-se ressaltar que o volume de chuva esperado em agosto é baixo, de apenas 34,3mm, por conta do inverno, que costuma ser mais seco nesta região”, comenta o meteorologista da Somar, Celso Oliveira. Apesar de não ter causado elevação no nível, a chuva do início da semana contribuiu para o reservatório recuperar a estabilidade. De acordo com os dados da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), o sistema opera nesta sexta-feira (26) com 75,4% de seu volume total, sem o volume morto, o nível cai para 46,1%. [*BChuva de setembro ajuda na recuperação do Cantareira B*] Segundo a previsão da Somar Meteorologia, os mananciais que abastecem São Paulo ainda devem receber mais precipitações antes do fim de agosto, mas os volumes não serão tão altos quanto os trazidos pelos últimos episódios de chuva. “No entanto, o mês de setembro deve trazer volumes de chuva consideráveis para o Cantareira. As precipitações ocorrem de forma generalizada durante a primeira quinzena, mas com maiores volumes na primeira semana do mês o que pode contribuir para uma elevação no nível dos reservatórios. Na segunda quinzena, os episódios de chuva ocorrem mais esporadicamente, mas ainda devem contribuir para a manutenção dos mananciais”, explica Oliveira.

Postado por: Grupo de operações