La Niña deve ser com menor intensidade e durabilidade
Institutos internacionais indicam 55% de chances para ocorrência do fenômeno
O ano de 2015 foi marcado pela forte atuação do fenômeno El Niño, mas com seu enfraquecimento, agora a atmosfera se encontra num período de transição e todas as expectativas são pela chegada do La Niña, que é o resfriamento das águas do Oceano Pacifico. Será que ele virá este ano?
Os centros internacionais mantêm a previsão de que o Oceano Pacífico continua numa elevação gradual do resfriamento das águas do Pacífico Equatorial com provável configuração do La Niña durante a primavera/verão. No entanto, projeções meteorológicas mais recentes indicam um percentual menor de chances para instalação do fenômeno.
Segundo a NOAA (Agência Nacional Oceânica e Atmosférica) e o instituto australiano Bureau of Meteorology, as simulações meteorológicas apontam um percentual em torno dos 55% para ocorrência do La Niña a partir da primavera no Hemisfério Sul.
“Nestas condições, se o La Niña se configurar seu impacto só será sentido de forma direta no verão 2017, pois no final do inverno e inicio da primavera ainda estaremos sob uma condição de transição. Porém, a expectativa é o que La Niña seja um pouco diferente do que se esperava, com menor intensidade e durabilidade”, ressalta Paulo Etchichury, climatologista da Somar Meteorologia.
Para se confirmar a atuação de um La Niña são necessários seis meses consecutivos de temperaturas 0,5ºC abaixo da média nas águas superficiais do Oceano Pacífico Equatorial.