Energia: Reservatórios não têm bons resultados apesar das chuvas
Utilização de outras fontes é uma medida para aumentar a disponibilidade de energia no país
Grande parte da região Sul e Sudeste recebeu chuvas fortes nos últimos dias, mas elas ainda não têm trazido grandes efeitos nos principais reservatórios de energia, já que eles aumentam e baixam rapidamente.
De acordo com os dados do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), os subsistemas da região Sul até têm sido bem abastecidos, com 77,38% da capacidade total, mas a região Sudeste/Centro-Oeste trabalha com apenas 32,4%.
O consumo de energia elétrica no país caiu 2,1% em agosto deste ano se comparado ao mesmo mês em 2014, segundo a EPE (Empresa de Pesquisa Energética). Para diminuir a dependência das chuvas na geração de energia em todo o país, o Governo tem incentivado a utilização de outras fontes de energia, como a eólica e solar.
As usinas eólicas têm predominado no leilão de energia, que estimulam que os investidores tirem os projetos do papel, além de incentivar cadeia produtiva. A maior produção de energia eólica do país é no Rio Grande do Norte, que está localizado na “esquina do continente” e responde por 34% de toda a capacidade instalada no Brasil. [*BB*]
Outra medida para aumentar a produção de energia é a solar, que responde por apenas 0,01% de toda a energia brasileira, mas que tem ganhado cada vez mais espaço nos leilões de energia. Para que os números cresçam ainda mais, a indústria nacional tem sido estimulada a adquirir os equipamentos solares através de financiamentos.
[*BQual é a previsão para os reservatórios do Sul e Sudeste?B*]
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As frentes frias conseguem avançar para o Sul e Sudeste do país com o rompimento do bloqueio atmosférico e assim, os eventos de chuva são potencializados pelo El Niño, que é o aquecimento das águas superficiais do Oceano Pacífico Equatorial.
“A chegada da primavera ajuda a melhorar a situação em relação às chuvas, mas elas não generalizadas e constantes, e por isso a situação continua crítica, já que as pancadas de chuvas podem não cair em todas as bacias”, explica a meteorologista Graziella Gonçalves, da Somar Meteorologia.