Retorno da chuva fez número de queimadas cair pela metade em uma semana no Brasil
Diminuição das temperaturas também contribuiu para a queda do valor
A primeira quinzena de outubro foi marcada pelo tempo seco, pelas baixas umidades do ar e elevadas temperaturas. A combinação desses três fatores fez o número de queimadas disparar na semana passada. Porém, o retorno das chuvas para a região central do Brasil ajudou o número a cair pela metade.
De acordo com os satélites de referência do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), entre os dias 10 e 17 de outubro foram registradas 16.851 queimadas em todo o território brasileiro. Já do dia 17 até hoje o valor foi de 7.404 focos de calor. A redução de mais de 50% se deve também à normalização das temperaturas.
A cidade de São Paulo teve na última sexta-feira a maior temperatura da história, com 37,8°C, seis dias depois a queda nos termômetros foi de quase 10°C, já que ontem a máxima na capital paulista foi de 28,7°C. A diminuição do calor contribui para um número menor de queimadas, que na semana passada foi de 486 em todo o Estado e nesta semana ficou em 122 focos.
Além de agredir o meio ambiente, as queimadas prejudicam a visibilidade em estradas e aeroportos. Para o ser humano, os focos de calor trazem prejuízos para a saúde, como doenças respiratórias, asma, conjuntivite, bronquite, irritação dos olhos e garganta, tosse, falta de ar, nariz entupido, vermelhidão e alergia na pele.
O número de queimadas no Brasil será menor a cada semana, já que o regime chuvoso finalmente se instalou. Em novembro, as chuvas devem atingir todas as regiões do país, mas os maiores acumulados nos próximos 30 dias serão registrados no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Acre, Amazonas, São Paulo, Espírito Santo e Minas Gerais, que é hoje o segundo Estado com maior quantidade de incêndios florestais.